sábado, 3 de dezembro de 2016

LIVRO AMOR E MEMÓRIA

Adivinhem o que chamou minha atenção quando vi esse livro na loja? Claro que foi essa capa linda! E quando li a sinopse, me apaixonei e achei que poderia ser promissor. Só que no final das contas, e após tê-lo lido, eu ainda não tenho uma opinião formada sobre ter ou não curtido a história. Apesar de eu ter achado muita coisa interessante, não foi um livro que me entreteve, que eu me apeguei, que não consegui largar, etc. Bem, deixe falar um pouco sobre ele.

A coisa toda gira em torno de um colar com pingente de pavão e o livro é dividido em três partes que, de alguma forma, direta ou indiretamente, envolvem a tal joia. A primeira parte, que foi a que mais gostei, narra a história de Jack, um judeu americano que chega na Hungria pós Segunda Guerra e tem como objetivo proteger os tesouros confiscados dos judeus durante o período. Ele é um personagem super querido, acaba se envolvendo com uma húngara local e a história é toda muito bonita. 

Claro que o tal colar com o pingente de pavão era um desses tesouros judeus, aparentemente sem dono. A segunda parte traz a neta de Jack, Natalie, e sua busca pela verdadeira dona do acessório. Esse trecho do livro é, na minha opinião, o mais chato, porque ele traz muitas informações sobre o judaísmo, mas que acabam sendo literalmente jogadas ao leitor, sem conexão entre si, sem um contexto para a história. E, por fim  a terceira parte, nos conta sobre a verdadeira dona do colar, uma judia sufragista que viveu durante o começo do século XX.
Na minha opinião, a autora teve uma brilhante ideia com o livro, mas ela acaba misturando muitas informações diferentes em poucas páginas. O livro é muito rico em informações sobre o judaísmo e nos traz uma visão do pós guerra muito interessante, mas as histórias acabam morrendo, não se conectam e a gente acaba ficando na mão sobre o destino de alguns personagens, que ficam para traz e, acabando com as minhas expectativas, não são retomados ao longo do livro. E a questão do feminismo, dos sufragistas e da própria sociedade da época é outro assunto completamente diferente. Acho que se a autora tivesse se concentrado mais no colar e em poucos personagens, o livro poderia ser mais interessante... essa é a minha opinião. 

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