Esse livro é uma gracinha, bem facinho de ler, fluido e vai na mesma linha dos livros da Jane Austen e das irmãs Brontë. Ele versa sobre a vida cotidiana de uma família no início do século XIX, seus hábitos, costumes, como se divertiam, quais eram as preocupações, rotinas, etc. Mas ele também traz implícito em seus capítulos uma espécie de lição a ser aprendida sobre determinado assunto. Explico: é como se cada capítulo trouxesse um determinado conflito e, com ele, uma linda lição de moral para refletirmos no final.
Acho isso bem interessante. Há algumas nuances sobre feminismo, desprendimento, dentre outros assuntos que podem ser aplicados aos dias de hoje. No mais, não espere uma leitura profunda, surpresas ou algo extraordinário porque não vai achar.
Acho isso bem interessante. Há algumas nuances sobre feminismo, desprendimento, dentre outros assuntos que podem ser aplicados aos dias de hoje. No mais, não espere uma leitura profunda, surpresas ou algo extraordinário porque não vai achar.
A história gira em torno da família March, sendo a mãe e quatro filhas, entre 9 e 17 anos. Todas têm personalidades muito fortes que nós vamos destrinchando com a leitura. Amy, a mais nova, de 9 anos, é uma criaturinha bem apegada a bens materiais e muito mimada; Beth, de 13, é a mais boazinha, um exemplo para as demais, super despreendida, boa e trabalhadeira; Jo, de 16 anos é uma espécie de protagonista, porque a autora se espelha nela mesma para compor essa personagem forte, cheia de opiniões, super independente e bastante avant guarde para a época. Por fim, Meg, a mais velha, de 17 anos e descrita como a mais bonita, é também a mais sonhadora. A família é pobre. A Sra. March é uma boa pessoa e tem de se virar para educar as filhas enquanto seu marido está na guerra. Os personagens secundários resumem-se nos vizinhos, na empregada e em alguns amigos da família.
Logo depois que terminei de ler o
livro, fui reassistir ao filme, que é de 1994 e conta no elenco com Christian
Bale, Winona Ryder, Kirsten Dunst, Susan Sarandon e Claire Danes, apenas!!! O
filme não traz em português a mesma tradução do livro e ficou como Adoráveis
Mulheres, que é bem bonitinho. O curioso é que ele conta com quase 2 horas de
duração e na primeira metade, ele é absolutamente e assustadoramente fiel ao
livro. Claro que há omissão de detalhes, porque afinal, se assim não o fosse o
filme teria 5 horas de duração. Mas ele retrata a família March igualzinha do
jeito que você imagina quando lê o livro, e as cenas, os diálogos, é tudo
igual. E o final do livro é também o final da primeira parte. Atenção,
spoilers!
Daí, a segunda parte começa 4 anos
após, e mostra como ficaram as meninas e os personagens secundários da trama
após o livro. Ou seja, nessa segunda parte, rolou uma nova história, escrita
livremente pelo roteirista! A Jô vai à Nova York tentar a sorte como escritora e
conhece um cara, a Meg se casa, engravida e tem gêmeos, a Amy vira uma mulher
sofisticada e se casa com Laurie e a pobre Beth morre!!! Fiquei chocada! Nem me
lembrava direito dessa parte do filme. Juro que fiquei caçando na internet
informações sobre um segundo livro da Louise May Alcot, uma continuação da saga
das meninas, mas não existe. Foi pura invenção para tornar o filme mais interessante,
mais assistível ao público moderno, que é mais chegado a um dramalhão...
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