quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

DOCUMENTÁRIO THE TRUE COST


Eu assisti a esse documentário há uns 15 dias, mas ele é bem difícil de se ver e acho que isso dificultou um pouco a resenha. É incrível como a coisa fica muito dolorida quando colocada diante dos nossos olhos e como um documentário pode mudar o modo como a gente vê o mundo. The True Cost mostra como os produtos vendidos, principalmente nas Fast Fashions (F21, Zara, H&M, Topshop, etc), são produzidos. Para nós, eles chegam aos montes, em até 52 coleções anuais (isso é absurdamente exorbitante) e a preços muito bons. Mas, por que os preços são bons???

A resposta é simples: trabalho escravo ou em situações análogas à escravidão. Os funcionários são, em geral, de Bangladesh, da Índia e locais naquela região. Os cidadãos não têm escolha a não ser serem submetidos a esse tipo de regime, já que vivem em condições miseráveis, devendo trabalhar em ambientes absolutamente insalubres, sem qualquer segurança, sem qualquer condição. E isso tudo para que o produto chegue mais barato até nós. 

Outras perguntas que o documentário nos faz são: precisamos mesmo de tanta coisa? Qual a origem desses produtos, incluindo a matéria prima? Ela é saudável? E pra onde vai toda essa tralha? Muitas vezes nos sentimos bem doando roupas, achando que estamos repassando ao próximo aquilo que não usamos mais. Vocês sabiam que a doação de roupas aos haitianos após o terremoto foi tamanha, que os habitantes pararam de comprar e isso tudo gerou a quebra de indústrias têxteis no país e desemprego monstro?
Essa cena é de um momento feliz do filme, mostrando que existe alternativa, existem empresas fazendo um bom trabalho na região. Achei lindíssima essa diversidade imensa de cores e tecidos. 
Está na hora de todo mundo repensar seus atos e, principalmente, a questão do consumo. Além de fazer bem para o bolso, faz bem para o mundo. Ninguém precisa de tanta coisa. Vamos olhar mais para o próximo, mais para o nosso mundo. Temos que ir atrás de informações, estudar de onde vêm as coisas que compramos, quais as condições dos trabalhadores que foram utilizados e de todo processo envolvido. Temos que ser mais conscientes. 

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